Em entrevista publicada originalmente na plataforma Educação&Participação, Miguel Arroyo fala de vulnerabilidades e garantia de direitos, Paulo Freire, educação integral, pedagogia do corpo e sobre a importância da experiência e da formação continuada do professor que trabalha com crianças e adolescentes.
“A função da pedagogia e da educação, desde Sócrates, é acompanhar a formação do ser humano em sua totalidade.” Com essa frase, Miguel Arroyo, doutor em Educação pela Stanford University e professor emérito da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), iniciou o bate-papo.
Estamos em um momento em que a escola tem que pensar radicalmente sobre que infância e que adolescência estão chegando a ela…”
Assista à entrevista:
Inspirado por Paulo Freire, Arroyo argumenta que a dicotomia histórica entre humanização de quem pertence aos setores mais favorecidos da sociedade e desumanização dos mais pobres, negros e marginalizados é essencial para entender o papel da escola hoje como espaço de garantia de vida e o papel do educador de acompanhar o processo de humanização sem perder de vista que crianças, adolescentes e jovens muitas vezes chegam à escola brutalizados, roubados em sua humanidade e com leituras de mundo e saberes que advêm de uma experiência de opressão.
Temos que rever radicalmente esse paradigma de humano a ser educado e de inumano como ineducável [e adotar] outro paradigma pedagógico, que reconheça que são [todos] humanos, educáveis, humanizáveis, que são gente”, diz Arroyo.
Para isso, são fundamentais a educação integral, na perspectiva do pleno desenvolvimento dos educandos, assim como a formação continuada dos professores aliada à experiência docente:
O trabalho docente é um princípio educativo. Um professor em contato com essas crianças é obrigado a se repensar […] e é função da educação continuada criar espaços para que eles repensem sua formação inicial e confrontá-los com a realidade que estão vivendo.”
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