Oficina que articula a percepção dos elementos da festa junina com a montagem da quadrilha como manifestação de dança coletiva.
Material
Papéis coloridos.
Canetas hidrográficas.
Alimentos típicos de festas juninas.
Roupas de festa junina.
CDs com músicas de festa junina.
Aparelho de som.
Finalidade
Fortalecer os vínculos e a organização do grupo e levá-lo a conhecer um tipo de manifestação cultural brasileira de dança folclórica.
Perceber a importância do movimento coordenado na execução da dança folclórica.
Expectativa
Fortalecer os vínculos e a organização do grupo por meio da dança e da música
Público
Crianças
Espaço
Ambiente aberto ou sala da instituição
Duração
Sessão de 90 min.
Início de conversa
Capelinha de melão, Cai cai, balão, Chegou a hora da fogueira… Quem nunca cantou, dançou e brincou ao som dessas cantigas? Algumas típicas de determinadas regiões, as canções juninas fazem parte da cultura de vários locais ao longo do Brasil.
São diversos os ritmos que agitam as tardes e noites de junho em nosso país: desde o xote, o xaxado e o baião, no Nordeste, até a quadrilha, dança que se popularizou em várias regiões.
Mas quais são os elementos culturais presentes nessas festividades? O que revelam do nosso processo histórico? Segundo estudiosos da cultura popular, nossa tão brasileira festa junina tem traços que remontam a rituais de sociedades antigas, como a fogueira e o mastro – ou pau de sebo ou de fita, que celebram a fertilidade da terra, fundamental nas culturas agrárias. A esses ingredientes se somam costumes, crenças e simpatias ligadas ao cristianismo, como o culto aos santos católicos Antônio, João e Pedro.
A quadrilha, uma das danças típicas do festejo, tem origem na corte francesa (quadrille) e, ao longo do século XIX, se popularizou no Brasil, onde ganhou contornos rurais (daí os trajes camponeses). Em contato com outros ritmos presentes no país, ela se transformou, recebendo muitas variantes e denominações de acordo com a localidade, por exemplo:
“Quadrilha” (São Paulo, Minas Gerais, Sergipe);
“Saruê”, do termo francês soirée, que significa “noite” (Centro-Oeste);
“Baile sifilítico” (Bahia);
“Mana-Chica” (Rio de Janeiro).
Na prática
Sugestão de encaminhamento
Organize o ambiente com adereços (bandeirinhas, balões, chapéus de palha etc.) e alguns alimentos (pé de moleque, paçoquinha, pipoca, pinhão etc.) típicos de uma festa junina. Os alimentos variam de acordo com a região.
Quando tudo estiver pronto, convide a turma para entrar na sala e não se esqueça, neste momento, de colocar num aparelho de som músicas da festa junina. Convide a comunidade a colaborar com o trabalho. Reúna todos para compartilharem deste momento.
Após algum tempo, agrupe a turma e abra uma conversa sobre a festa junina: “O que é necessário para se fazer uma festa junina”? Anote em um cartaz as lembranças anunciadas.
Aproveite a eventual presença de familiares na atividade e convide as crianças a perguntarem aos adultos sobre os objetos e símbolos presentes nas festas juninas das quais participaram, quando jovens.
A seguir, conduza o grupo a se organizar em torno da quadrilha, sem anunciá-la, com as comandas:
• “Caminhem pelo espaço.” • “Formem 4 grupos em 10 segundos. Vou começar a contagem regressiva: 10, 9 ,08,…” • “Agora, formem duas filas.” • “Façam duas rodas, uma dentro da outra.” • “Agora uma grande roda, alternando meninas e meninos.” • “Cada um pegue o seu par! Vamos dançar a quadrilha!”
E se? Se as crianças não tiverem familiaridade com a quadrilha, é muito provável que não tenham desenvoltura para formar os pares e executar os movimentos da dança. Neste caso, os passos e as etapas da dança poderão ser demonstrados por você. Não deve haver uma preocupação com a perfeição da dança, porque o objetivo não é a apresentação pública, e sim a percepção da importância da coordenação e do movimento coletivo.
Com o grupo preparado, coloque uma música de quadrilha e conduza a dança obedecendo as comandas típicas. Coordene a quadrilha para o momento final, a cena do casamento caipira. Chame os personagens (o padre, os pais da noiva e do noivo, um delegado), promova a cena e finalize a dança.
Hora de avaliar Depois da vivência da dança, será importante conversar com as crianças sobre o que elas sentiram enquanto se organizavam para a quadrilha, suas impressões sobre os passos e os comandos e o que elas acham que poderia ter sido diferente.
Registre suas falas, e não deixe de concluir a oficina, ressaltando a importância do respeito entre todos para que o trabalho coletivo aconteça e para que cada um perceba que a dança só dá certo se todos se empenharem e estiverem bem coordenados.
Para ampliar
O que mais pode ser feito?
Pesquisas sobre a origem da festa junina.
Estudo comparativo das delícias juninas de acordo com a localidade.
Entrevistas com familiares para conhecer como comemoravam esta festa, quais as suas lembranças destes eventos, ou curiosidades ocorrida nesta época que marcaram suas vidas.
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